Kenwood KD 500

Este é um excelente exemplo da Kenwood — o KD-500, um gira-discos lendário da era dourada da alta-fidelidade, quando os equipamentos eram construídos para durar uma vida inteira. O KD-500 (e o seu “irmão” KD-550) tornou-se um clássico, respeitado tanto pela sua engenharia como pelo seu impacto visual.

Uma das características mais marcantes do KD-500 é a sua base em ARCB (Anti-Resonance Compression Base) — um material compósito denso que imita o mármore, oferecendo não só um aspeto luxuoso como também uma excelente capacidade de absorção de vibrações e controlo de ressonâncias. O resultado é uma plataforma de reprodução extremamente estável e silenciosa, capaz de extrair o melhor desempenho de qualquer célula.

Em termos funcionais, o KD-500 e o KD-550 são idênticos. A diferença está no braço: o KD-500 era vendido sem braço, permitindo ao utilizador escolher e instalar o que quisesse, enquanto o KD-550 saía de fábrica com um braço da própria Kenwood. Por isso, o KD-500 tornou-se especialmente popular entre audiófilos exigentes que procuravam personalizar os seus sistemas analógicos.

Este exemplar em particular é um KD-500 equipado com o excelente braço Micro Seiki MA-303 — um braço japonês de alta gama, reconhecido pela sua precisão, qualidade de construção e seguimento suave. Está emparelhado com a célula Shure M95ED, um clássico do tipo MM que oferece um som quente, detalhado e dinâmico.

O desempenho é verdadeiramente impressionante: graves firmes, médios ricos e agudos brilhantes, com uma apresentação aberta e natural que rivaliza com gira-discos modernos de alta gama. É um sistema de som excecional com um design intemporal e construção robusta.

Se gira-discos com esta qualidade fossem fabricados hoje, com os mesmos materiais e atenção ao detalhe, custariam facilmente vários milhares de euros — uma prova da excelência desta peça icónica.

Resumindo: soa maravilhosamente bem… e é tão bonito quanto eficaz.